terça-feira, 26 de abril de 2011

ATIVIDADE SOBRE Soneto de Fidelidade


ESCOLA:__________________________________________________________________
PROFESSORA: Raika Barreto       DATA:    /      /
ALUNO:________________________________________________________________nº_________________
SERIE:   ___________________                             TURMA:_________________________________

AVALIAÇÃO DE LITERATURA


Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
                           Vinicius de Moraes


01-Na segunda estrofe do poema acima, podemos perceber o uso de idéias contrastantes.Identifique e  transcreva o trecho do poema no qual esta sendo empregada.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

02. Nos dois primeiros quartetos do soneto de Vinicius de Moraes, delineia-se a idéia de que o poeta

(A) não acredita no amor como entrega total entre duas pessoas.

(B) acredita que, mesmo amando muito uma pessoa, é possível apaixonar-se por outra e trocar de amor.

(C) entende que somente a morte é capaz de findar com o amor de duas pessoas.

(D) concebe o amor como um sentimento intenso a ser compartilhado, tanto na alegria quanto na tristeza.

(E) vê, na angústia causada pela idéia da morte, o im-pedimento para as pessoas se entregarem ao amor.

03. No segundo verso do poema, no qual o poeta mostra como tratará o seu amor, as expressões “com tal zelo”, “sempre” e “tanto” dão, respectivamente, idéia de

(A) modo – intensidade – modo.

(B) modo – tempo – intensidade.

(C) tempo – tempo – modo.

(D) finalidade – tempo – modo.

(E) finalidade – modo – intensidade.


Recordação
Agora, o cheiro áspero das flores
leva-me os olhos por dentro de suas pétalas.
Eram assim teus cabelos;
tuas pestanas eram assim, finas e curvas.

As pedras limosas, por onde a tarde ia aderindo,
tinham a mesma exalação de água secreta,
de talos molhados, de pólen,
de sepulcro e de ressurreição.
E as borboletas sem voz
dançavam assim veludosamente.

Restituiu-te na minha memória, por dentro das flores!
Deixa virem teus olhos, como besouros de ônix,
tua boca de malmequer orvalhado,
e aquelas tuas mãos dos inconsoláveis mistérios,
com suas estrelas e cruzes,

nas suas nervuras nítidas de folha
- e incompreensíveis, incompreensíveis

e muitas coisas tão estranhamente escritas

.

Cecília Meireles

4-Identifique a mistura sensorial no poema acima .
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ATIVIDADE SOBRE Soneto de Fidelidade


ESCOLA:__________________________________________________________________
PROFESSORA: Raika Barreto       DATA:    /      /
ALUNO:________________________________________________________________nº_________________
SERIE:   ___________________                             TURMA:_________________________________

AVALIAÇÃO DE LITERATURA


Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
                           Vinicius de Moraes


01-Na segunda estrofe do poema acima, podemos perceber o uso de idéias contrastantes.Identifique e  transcreva o trecho do poema no qual esta sendo empregada.
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02. Nos dois primeiros quartetos do soneto de Vinicius de Moraes, delineia-se a idéia de que o poeta

(A) não acredita no amor como entrega total entre duas pessoas.

(B) acredita que, mesmo amando muito uma pessoa, é possível apaixonar-se por outra e trocar de amor.

(C) entende que somente a morte é capaz de findar com o amor de duas pessoas.

(D) concebe o amor como um sentimento intenso a ser compartilhado, tanto na alegria quanto na tristeza.

(E) vê, na angústia causada pela idéia da morte, o im-pedimento para as pessoas se entregarem ao amor.

03. No segundo verso do poema, no qual o poeta mostra como tratará o seu amor, as expressões “com tal zelo”, “sempre” e “tanto” dão, respectivamente, idéia de

(A) modo – intensidade – modo.

(B) modo – tempo – intensidade.

(C) tempo – tempo – modo.

(D) finalidade – tempo – modo.

(E) finalidade – modo – intensidade.


Recordação
Agora, o cheiro áspero das flores
leva-me os olhos por dentro de suas pétalas.
Eram assim teus cabelos;
tuas pestanas eram assim, finas e curvas.

As pedras limosas, por onde a tarde ia aderindo,
tinham a mesma exalação de água secreta,
de talos molhados, de pólen,
de sepulcro e de ressurreição.
E as borboletas sem voz
dançavam assim veludosamente.

Restituiu-te na minha memória, por dentro das flores!
Deixa virem teus olhos, como besouros de ônix,
tua boca de malmequer orvalhado,
e aquelas tuas mãos dos inconsoláveis mistérios,
com suas estrelas e cruzes,

nas suas nervuras nítidas de folha
- e incompreensíveis, incompreensíveis

e muitas coisas tão estranhamente escritas

.

Cecília Meireles

4-Identifique a mistura sensorial no poema acima .
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Recuperação paralela do Romantismo


Escola ________________________________________________________________________________
Professora Raika Barreto
Aluno:------------------------------------------------------------------nº________SÉRIE/TURMA_____________
Recuperação paralela do Romantismo
  1. O trecho a seguir é parte do poema “Mocidade e morte”, do poeta romântico Castro Alves:

    Oh! eu quero viver, beber perfumes
    Na flor silvestre, que embalsama os ares;
    Ver minh'alma adejar pelo infinito,
    Qual branca vela n'amplidão dos mares.
    No seio da mulher há tanto aroma...
    Nos seus beijos de fogo há tanta vida...
    –– Árabe errante, vou dormir à tarde
    À sombra fresca da palmeira erguida.
    Mas uma voz responde-me sombria:
    Terás o sono sob a lájea fria.
                           ALVES, Castro

Esse poema, como o próprio título sugere, aborda o inconformismo do poeta com a antevisão da morte prematura, ainda na juventude. A imagem da morte aparece na palavra:

(A) embalsama.
(B) infinito.
(C) amplidão.
(D) dormir.
(E) sono.

  1.  “Ó guerreiros da Tribo Tupi
    Ó guerreiros, meus cantos ouvi.”
    A geração da poesia romântica aí representada é:

a) pré-romântica
b) social
c) indianista
d) mal do século
e) ultra-romântica

  1. Assinale o contexto histórico do período do romantismo brasileiro:

a) Iluminismo
b) Revolução Francesa
c) Inconfidência Mineira
d) Impeachment do Collor
e) Descobrimento do Brasil

  1. O Romantismo está relacionado com o surgimento de um novo público leitor. Qual é essa classe?

a) burguesia
b) senhores feudais
c) nobreza
d) escravo
e) fazendeiro

  1. Marque a alternativa que não caracteriza a estética romântica:

a) subjetivismo
b) primado do sentimento
c) culto à natureza
d) pessimismo
e) objetivismo

  1.  A impossibilidade de realizar o sonho absoluto do Eu gera inquietude, desespero, frustração, que levam às vezes ao suicídio, refletindo a evasão na morte, solução definitiva para o:

a) culto ao real
b) nacionalismo
c) culto ao fantástico
d) mal do século
e) indianismo

  1.  “Minha terra tem palmeiras
    Onde canta o sabiá
    As aves que aqui gorjeiam
    Não gorjeiam como lá.”
    O fragmento acima, de um poema de Gonçalves Dias caracteriza o:

a) nacionalismo
b) mal do século
c) culto ao fantástico
d) pessimismo
e) fantasmagórico

  1.  Sobre o Romantismo brasileiro é correto afirmar que:

a) teve como obra inicial Iracema, de José de Alencar
b) trata da temática sagrado X profano
c) tem como contexto histórico o Iluminismo
d) de modo geral, os poetas têm uma visão da mulher de forma real, não idealizada
e) em sua segunda fase, apresentou poetas cuja inclinação para o mistério e a morte os colocava sobre o clima do “mal do século”

  1.  Assinale a alternativa em que se encontram características do movimento literário ao qual se dá o nome de Romantismo:

a) predomínio da razão
b) busca de temas nacionais, sentimentalismo e imaginação
c) arte pela arte
d) desejo de expressar a realidade objetiva
e) imitação dos antigos gregos e romanos

  1. Descansem o meu leito solitário
    Na floresta dos homens esquecida,
    À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
    - Foi poeta – sonhou - e amou na vida.

Assinale Falsa ou Verdadeira:

a)Os versos fazem parte de um longo poema de Gregório de Matos.
b)Mostram como Álvares de Azevedo foi marcado pelo tema da morte e da solidão.
c)Definem o poeta tal qual o concebia o Realismo.
d)São típicos da poesia Pau-Brasil.
e)São típicos do Mal do Século.

Recuperação paralela do Romantismo


Escola ________________________________________________________________________________
Professora Raika Barreto
Aluno:------------------------------------------------------------------nº________SÉRIE/TURMA_____________
Recuperação paralela do Romantismo
  1. O trecho a seguir é parte do poema “Mocidade e morte”, do poeta romântico Castro Alves:

    Oh! eu quero viver, beber perfumes
    Na flor silvestre, que embalsama os ares;
    Ver minh'alma adejar pelo infinito,
    Qual branca vela n'amplidão dos mares.
    No seio da mulher há tanto aroma...
    Nos seus beijos de fogo há tanta vida...
    –– Árabe errante, vou dormir à tarde
    À sombra fresca da palmeira erguida.
    Mas uma voz responde-me sombria:
    Terás o sono sob a lájea fria.
                           ALVES, Castro

Esse poema, como o próprio título sugere, aborda o inconformismo do poeta com a antevisão da morte prematura, ainda na juventude. A imagem da morte aparece na palavra:

(A) embalsama.
(B) infinito.
(C) amplidão.
(D) dormir.
(E) sono.

  1.  “Ó guerreiros da Tribo Tupi
    Ó guerreiros, meus cantos ouvi.”
    A geração da poesia romântica aí representada é:

a) pré-romântica
b) social
c) indianista
d) mal do século
e) ultra-romântica

  1. Assinale o contexto histórico do período do romantismo brasileiro:

a) Iluminismo
b) Revolução Francesa
c) Inconfidência Mineira
d) Impeachment do Collor
e) Descobrimento do Brasil

  1. O Romantismo está relacionado com o surgimento de um novo público leitor. Qual é essa classe?

a) burguesia
b) senhores feudais
c) nobreza
d) escravo
e) fazendeiro

  1. Marque a alternativa que não caracteriza a estética romântica:

a) subjetivismo
b) primado do sentimento
c) culto à natureza
d) pessimismo
e) objetivismo

  1.  A impossibilidade de realizar o sonho absoluto do Eu gera inquietude, desespero, frustração, que levam às vezes ao suicídio, refletindo a evasão na morte, solução definitiva para o:

a) culto ao real
b) nacionalismo
c) culto ao fantástico
d) mal do século
e) indianismo

  1.  “Minha terra tem palmeiras
    Onde canta o sabiá
    As aves que aqui gorjeiam
    Não gorjeiam como lá.”
    O fragmento acima, de um poema de Gonçalves Dias caracteriza o:

a) nacionalismo
b) mal do século
c) culto ao fantástico
d) pessimismo
e) fantasmagórico

  1.  Sobre o Romantismo brasileiro é correto afirmar que:

a) teve como obra inicial Iracema, de José de Alencar
b) trata da temática sagrado X profano
c) tem como contexto histórico o Iluminismo
d) de modo geral, os poetas têm uma visão da mulher de forma real, não idealizada
e) em sua segunda fase, apresentou poetas cuja inclinação para o mistério e a morte os colocava sobre o clima do “mal do século”

  1.  Assinale a alternativa em que se encontram características do movimento literário ao qual se dá o nome de Romantismo:

a) predomínio da razão
b) busca de temas nacionais, sentimentalismo e imaginação
c) arte pela arte
d) desejo de expressar a realidade objetiva
e) imitação dos antigos gregos e romanos

  1. Descansem o meu leito solitário
    Na floresta dos homens esquecida,
    À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
    - Foi poeta – sonhou - e amou na vida.

Assinale Falsa ou Verdadeira:

a)Os versos fazem parte de um longo poema de Gregório de Matos.
b)Mostram como Álvares de Azevedo foi marcado pelo tema da morte e da solidão.
c)Definem o poeta tal qual o concebia o Realismo.
d)São típicos da poesia Pau-Brasil.
e)São típicos do Mal do Século.

AVALIAÇÃO DO SIMBOLISMO


Escola ____________________________________________________________________________

Professora Raika Barreto
Aluno:--------------------------------------------------------------Nº__________________turma/série:____________

 O simbolismo

Leia os textos a seguir para responder às questões




Texto I: Violões que choram...
(fragmento)

Ah! plangentes violões dormentes, mornos,
Soluços ao luar, choros ao vento...
Tristes perfis, os mais vagos contornos,
Bocas murmurejantes de lamento.

Noites de além, remotas, que eu recordo,
Noites da solidão, noites remotas
Que nos azuis da Fantasia bordo,
Vou constelando de visões ignotas.

Sutis palpitações a luz da lua,
Anseio dos momentos mais saudosos,
Quando lá choram na deserta rua
As cordas vivas dos violões chorosos.

Quando os sons dos violões vão soluçando,
Quando os sons dos violões nas cordas gemem,
E vão dilacerando e deliciando,
Rasgando as almas que nas sombras tremem.

Harmonias que pungem, que laceram,
Dedos Nervosos e ágeis que percorrem
Cordas e um mundo de dolências geram,
Gemidos, prantos, que no espaço morrem...

E sons soturnos, suspiradas magoas,
Mágoas amargas e melancolias,
No sussurro monótono das águas,
Noturnamente, entre ramagens frias.

Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.

Tudo nas cordas dos violões ecoa
E vibra e se contorce no ar, convulso...
Tudo na noite, tudo clama e voa
Sob a febril agitação de um pulso.
                     
(Cruz e Souza, jan. 1897)


Vocabulário:
plangentes: que choram
ignotas: desconhecidas
sutis: leves, delicadas
palpitações: sobressaltaos
anseio: desejo
dilacerando: torturando
pungem: ferem
laceram: machucam
dolências: mágoas, tristezas
soturnos: tristes
veladas: abafadas
volúpias: delícias
vórtices: redemoinhos
vulcanizadas: entusiasmadas


1. Os elementos sensoriais - sons, cores e odores - constituem estímulos para a imaginação do poeta simbolista, que, a partir deles, desenvolve associações de ideias bem particulares. Nesse texto, que elemento sensorial serve de ponto de partida para o poema acima?

a. (     ) odor
b. (     ) cor
c. (     ) Som

2. Com o quê são comparados ou associados os sons dos violões?

a. (      ) Canto dos pássaros
b. (      ) Vulcões
c. (      ) gemidos, prantos

3. Os sons dos violões despertam que recordações no eu lírico?

a. (     ) Solidão
b. (     ) alegria
c. (     ) Vontade de cantar

4. Em resumo: que características tipicamente simbolistas estão presentes nesse texto?

a. (    ) Ênfase em temas místicos
b. (    )  Utilização de recursos literários
c. (    ) Idealização da mulher  amada

Texto II: Ismália

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
(Alphonsus de Guimaraens)

6. O ritmo envolvente e a riqueza de sugestões que desperta fizeram desse poema um dos mais famosos do nosso Simbolismo. Vamos considerar, inicialmente, o ritmo. Que recurso usou o poeta para dar esse ritmo?

7. Em sua loucura, Ismália queria a lua do céu e a lua do mar. Considerando a dimensão simbólica do poema, o que pode representar esse desejo? De que "loucura" se trata?















AVALIAÇÃO DO SIMBOLISMO


Escola ____________________________________________________________________________

Professora Raika Barreto
Aluno:--------------------------------------------------------------Nº__________________turma/série:____________

 O simbolismo

Leia os textos a seguir para responder às questões




Texto I: Violões que choram...
(fragmento)

Ah! plangentes violões dormentes, mornos,
Soluços ao luar, choros ao vento...
Tristes perfis, os mais vagos contornos,
Bocas murmurejantes de lamento.

Noites de além, remotas, que eu recordo,
Noites da solidão, noites remotas
Que nos azuis da Fantasia bordo,
Vou constelando de visões ignotas.

Sutis palpitações a luz da lua,
Anseio dos momentos mais saudosos,
Quando lá choram na deserta rua
As cordas vivas dos violões chorosos.

Quando os sons dos violões vão soluçando,
Quando os sons dos violões nas cordas gemem,
E vão dilacerando e deliciando,
Rasgando as almas que nas sombras tremem.

Harmonias que pungem, que laceram,
Dedos Nervosos e ágeis que percorrem
Cordas e um mundo de dolências geram,
Gemidos, prantos, que no espaço morrem...

E sons soturnos, suspiradas magoas,
Mágoas amargas e melancolias,
No sussurro monótono das águas,
Noturnamente, entre ramagens frias.

Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.

Tudo nas cordas dos violões ecoa
E vibra e se contorce no ar, convulso...
Tudo na noite, tudo clama e voa
Sob a febril agitação de um pulso.
                     
(Cruz e Souza, jan. 1897)


Vocabulário:
plangentes: que choram
ignotas: desconhecidas
sutis: leves, delicadas
palpitações: sobressaltaos
anseio: desejo
dilacerando: torturando
pungem: ferem
laceram: machucam
dolências: mágoas, tristezas
soturnos: tristes
veladas: abafadas
volúpias: delícias
vórtices: redemoinhos
vulcanizadas: entusiasmadas


1. Os elementos sensoriais - sons, cores e odores - constituem estímulos para a imaginação do poeta simbolista, que, a partir deles, desenvolve associações de ideias bem particulares. Nesse texto, que elemento sensorial serve de ponto de partida para o poema acima?

a. (     ) odor
b. (     ) cor
c. (     ) Som

2. Com o quê são comparados ou associados os sons dos violões?

a. (      ) Canto dos pássaros
b. (      ) Vulcões
c. (      ) gemidos, prantos

3. Os sons dos violões despertam que recordações no eu lírico?

a. (     ) Solidão
b. (     ) alegria
c. (     ) Vontade de cantar

4. Em resumo: que características tipicamente simbolistas estão presentes nesse texto?

a. (    ) Ênfase em temas místicos
b. (    )  Utilização de recursos literários
c. (    ) Idealização da mulher  amada

Texto II: Ismália

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
(Alphonsus de Guimaraens)

6. O ritmo envolvente e a riqueza de sugestões que desperta fizeram desse poema um dos mais famosos do nosso Simbolismo. Vamos considerar, inicialmente, o ritmo. Que recurso usou o poeta para dar esse ritmo?

7. Em sua loucura, Ismália queria a lua do céu e a lua do mar. Considerando a dimensão simbólica do poema, o que pode representar esse desejo? De que "loucura" se trata?















AVALIAÇÃO DO SIMBOLISMO


Escola ____________________________________________________________________________

Professora Raika Barreto
Aluno:--------------------------------------------------------------Nº__________________turma/série:____________

 O simbolismo

Leia os textos a seguir para responder às questões




Texto I: Violões que choram...
(fragmento)

Ah! plangentes violões dormentes, mornos,
Soluços ao luar, choros ao vento...
Tristes perfis, os mais vagos contornos,
Bocas murmurejantes de lamento.

Noites de além, remotas, que eu recordo,
Noites da solidão, noites remotas
Que nos azuis da Fantasia bordo,
Vou constelando de visões ignotas.

Sutis palpitações a luz da lua,
Anseio dos momentos mais saudosos,
Quando lá choram na deserta rua
As cordas vivas dos violões chorosos.

Quando os sons dos violões vão soluçando,
Quando os sons dos violões nas cordas gemem,
E vão dilacerando e deliciando,
Rasgando as almas que nas sombras tremem.

Harmonias que pungem, que laceram,
Dedos Nervosos e ágeis que percorrem
Cordas e um mundo de dolências geram,
Gemidos, prantos, que no espaço morrem...

E sons soturnos, suspiradas magoas,
Mágoas amargas e melancolias,
No sussurro monótono das águas,
Noturnamente, entre ramagens frias.

Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.

Tudo nas cordas dos violões ecoa
E vibra e se contorce no ar, convulso...
Tudo na noite, tudo clama e voa
Sob a febril agitação de um pulso.
                     
(Cruz e Souza, jan. 1897)


Vocabulário:
plangentes: que choram
ignotas: desconhecidas
sutis: leves, delicadas
palpitações: sobressaltaos
anseio: desejo
dilacerando: torturando
pungem: ferem
laceram: machucam
dolências: mágoas, tristezas
soturnos: tristes
veladas: abafadas
volúpias: delícias
vórtices: redemoinhos
vulcanizadas: entusiasmadas


1. Os elementos sensoriais - sons, cores e odores - constituem estímulos para a imaginação do poeta simbolista, que, a partir deles, desenvolve associações de ideias bem particulares. Nesse texto, que elemento sensorial serve de ponto de partida para o poema acima?

a. (     ) odor
b. (     ) cor
c. (     ) Som

2. Com o quê são comparados ou associados os sons dos violões?

a. (      ) Canto dos pássaros
b. (      ) Vulcões
c. (      ) gemidos, prantos

3. Os sons dos violões despertam que recordações no eu lírico?

a. (     ) Solidão
b. (     ) alegria
c. (     ) Vontade de cantar

4. Em resumo: que características tipicamente simbolistas estão presentes nesse texto?

a. (    ) Ênfase em temas místicos
b. (    )  Utilização de recursos literários
c. (    ) Idealização da mulher  amada

Texto II: Ismália

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
(Alphonsus de Guimaraens)

6. O ritmo envolvente e a riqueza de sugestões que desperta fizeram desse poema um dos mais famosos do nosso Simbolismo. Vamos considerar, inicialmente, o ritmo. Que recurso usou o poeta para dar esse ritmo?

7. Em sua loucura, Ismália queria a lua do céu e a lua do mar. Considerando a dimensão simbólica do poema, o que pode representar esse desejo? De que "loucura" se trata?















Escola ____________________________________________________________________________ Professora Raika Barreto Aluno:--------------------------------------------------------------Nº__________________turma/série:____________ O simbolismo Leia os textos a seguir para responder às questões Texto I: Violões que choram... (fragmento) Ah! plangentes violões dormentes, mornos, Soluços ao luar, choros ao vento... Tristes perfis, os mais vagos contornos, Bocas murmurejantes de lamento. Noites de além, remotas, que eu recordo, Noites da solidão, noites remotas Que nos azuis da Fantasia bordo, Vou constelando de visões ignotas. Sutis palpitações a luz da lua, Anseio dos momentos mais saudosos, Quando lá choram na deserta rua As cordas vivas dos violões chorosos. Quando os sons dos violões vão soluçando, Quando os sons dos violões nas cordas gemem, E vão dilacerando e deliciando, Rasgando as almas que nas sombras tremem. Harmonias que pungem, que laceram, Dedos Nervosos e ágeis que percorrem Cordas e um mundo de dolências geram, Gemidos, prantos, que no espaço morrem... E sons soturnos, suspiradas magoas, Mágoas amargas e melancolias, No sussurro monótono das águas, Noturnamente, entre ramagens frias. Vozes veladas, veludosas vozes, Volúpias dos violões, vozes veladas, Vagam nos velhos vórtices velozes Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas. Tudo nas cordas dos violões ecoa E vibra e se contorce no ar, convulso... Tudo na noite, tudo clama e voa Sob a febril agitação de um pulso. (Cruz e Souza, jan. 1897) Vocabulário: plangentes: que choram ignotas: desconhecidas sutis: leves, delicadas palpitações: sobressaltaos anseio: desejo dilacerando: torturando pungem: ferem laceram: machucam dolências: mágoas, tristezas soturnos: tristes veladas: abafadas volúpias: delícias vórtices: redemoinhos vulcanizadas: entusiasmadas 1. Os elementos sensoriais - sons, cores e odores - constituem estímulos para a imaginação do poeta simbolista, que, a partir deles, desenvolve associações de ideias bem particulares. Nesse texto, que elemento sensorial serve de ponto de partida para o poema acima? a. ( ) odor b. ( ) cor c. ( )


Escola ____________________________________________________________________________

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Aluno:--------------------------------------------------------------Nº__________________turma/série:____________

 O simbolismo

Leia os textos a seguir para responder às questões




Texto I: Violões que choram...
(fragmento)

Ah! plangentes violões dormentes, mornos,
Soluços ao luar, choros ao vento...
Tristes perfis, os mais vagos contornos,
Bocas murmurejantes de lamento.

Noites de além, remotas, que eu recordo,
Noites da solidão, noites remotas
Que nos azuis da Fantasia bordo,
Vou constelando de visões ignotas.

Sutis palpitações a luz da lua,
Anseio dos momentos mais saudosos,
Quando lá choram na deserta rua
As cordas vivas dos violões chorosos.

Quando os sons dos violões vão soluçando,
Quando os sons dos violões nas cordas gemem,
E vão dilacerando e deliciando,
Rasgando as almas que nas sombras tremem.

Harmonias que pungem, que laceram,
Dedos Nervosos e ágeis que percorrem
Cordas e um mundo de dolências geram,
Gemidos, prantos, que no espaço morrem...

E sons soturnos, suspiradas magoas,
Mágoas amargas e melancolias,
No sussurro monótono das águas,
Noturnamente, entre ramagens frias.

Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.

Tudo nas cordas dos violões ecoa
E vibra e se contorce no ar, convulso...
Tudo na noite, tudo clama e voa
Sob a febril agitação de um pulso.
                     
(Cruz e Souza, jan. 1897)


Vocabulário:
plangentes: que choram
ignotas: desconhecidas
sutis: leves, delicadas
palpitações: sobressaltaos
anseio: desejo
dilacerando: torturando
pungem: ferem
laceram: machucam
dolências: mágoas, tristezas
soturnos: tristes
veladas: abafadas
volúpias: delícias
vórtices: redemoinhos
vulcanizadas: entusiasmadas


1. Os elementos sensoriais - sons, cores e odores - constituem estímulos para a imaginação do poeta simbolista, que, a partir deles, desenvolve associações de ideias bem particulares. Nesse texto, que elemento sensorial serve de ponto de partida para o poema acima?

a. (     ) odor
b. (     ) cor
c. (     ) Som

2. Com o quê são comparados ou associados os sons dos violões?

a. (      ) Canto dos pássaros
b. (      ) Vulcões
c. (      ) gemidos, prantos

3. Os sons dos violões despertam que recordações no eu lírico?

a. (     ) Solidão
b. (     ) alegria
c. (     ) Vontade de cantar

4. Em resumo: que características tipicamente simbolistas estão presentes nesse texto?

a. (    ) Ênfase em temas místicos
b. (    )  Utilização de recursos literários
c. (    ) Idealização da mulher  amada

Texto II: Ismália

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
(Alphonsus de Guimaraens)

6. O ritmo envolvente e a riqueza de sugestões que desperta fizeram desse poema um dos mais famosos do nosso Simbolismo. Vamos considerar, inicialmente, o ritmo. Que recurso usou o poeta para dar esse ritmo?

7. Em sua loucura, Ismália queria a lua do céu e a lua do mar. Considerando a dimensão simbólica do poema, o que pode representar esse desejo? De que "loucura" se trata?















AVALIAÇÃO DO TROVADORISMO


Escola:____________________________________________________________
Aluno (a): ________________________ Nº____________ Série/Turma: ________
Profª Raika Barreto
Avaliação de Artes/Literatura
(Trovadorismo)

  1. Leia o texto para responder às questões a seguir.

A dona que eu sirvo e que muito adoro
Mostrai-ma, ai Deus! Pois vos imploro,
Senão, dai-me a morte.

Essa que é luz destes olhos meus
Por quem sempre choram, mostrai-ma, ai Deus!
Senão, dai-me a morte.

Essa que entre todas fizeste formosa,
Mostrai-ma, ai Deus! Onde vê-la eu possa,
Senão, dai-me a morte.

A que me fizestes mais que tudo amar,
Mostrai-ma onde possa com ela falar,
Senão, dai-me a morte.

              (Bernardo de Bonaval)
a)      O eu-lírico é masculino ou feminino?
___________________________________________________________________
b)      O eu-lírico faz um pedido. Qual?
________________________________________________________________
c)      A quem?
________________________________________________________________________     
     d) O amor, por ser impossível, é fonte de sofrimento para o trovador. Copie um trecho da segunda estrofe em que ocorra a expressão desse sofrimento.

e)  Indique a opção correta sobre os versos.
            [...]
            Princesa
            Surpresa
            Você me arrasou
            Serpente
            Nem sente que me envenenou
            Senhora, e agora
            Me diga onde vou
            [...]

a.      (       ) não existe neles a noção da força do poder sedutor feminino.
b.      (       ) Apresentam a mulher sem carga de sensualidade.
c.      (       ) apresenta a figura feminina com traços vagos, imprecisos, esfumaçados.
d.      (       ) Lembram-nos aquela situação de poder da mulher sobre o homem.




d)    Pensando nas cantigas trovadorescas, como é classificado o texto em estudo?

2.     Observe:
_ Ai, flores, ai flores do verde pinheiro,
Sabeis notícias do meu amigo?
Ai, Deus, onde ele está?

Ai, flores do verde ramo,
Sabeis notícias do meu amado?
Ai, Deus, onde ele está?
As estrofes acima fazem parte de uma cantiga medieval classificada como:

a)     cantiga de maldizer                                   c) cantiga de amor
b)    cantiga de escárnio                                    d) cantiga de amigo
                                                                             e) cantiga de cavalaria
3. Considerando ainda as mesmas estrofes, indique a alternativa que contempla as características do texto:

a)     escrita em 1ª pessoa, eu-lírico masculino, amor cortês
b)    eu-lírico masculino, expressão do sentimento feminino, ambiente rural
c)     eu-lírico feminino, expressão do sentimento feminino, ambiente rural
d)    escrita em 1ª pessoa, eu-lírico feminino, amor cortês
e)     amor cortês, expressão do sentimento feminino, ambiente rural

4.(...)
Princesa
Surpresa
Você me arrasou
Serpente
Nem sente que me envenenou
Senhora, e agora
Me diga onde eu vou
  (...)

Como seria classificado o texto acima se pertencesse ao Trovadorismo:

a)     cantiga de maldizer                  c) cantiga de amor
b)    cantiga de amigo                      d) cantiga de escárnio
                                                       e) cantiga de cavalaria

5. Assinale a alternativa incorreta a respeito do Trovadorismo em Portugal.

a)     Nas cantigas de amigo o eu-lírico é feminino, apesar de serem escritas por homens.
b)    O ambiente descrito nas cantigas de amigo não é a corte, e sim a zona rural.
c)     As cantigas de amor são sempre escritas em primeira pessoa e o eu-lírico declara seu amor a uma dama, tendo como pano de fundo o ambiente palaciano.
d)    Nas cantigas de amor há o reflexo do relacionamento entre o senhor e o vassalo na sociedade feudal: distância e extrema submissão.
e)     A principal modificação ocorrida no Trovadorismo foi a separação entre música e poesia.

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